Cantinho do Leão

"Eu perco o chão, eu não acho aspalavras. Eu ando tão triste eu ando pela sala, eu perco a hora eu chego no fim, eu deixo a porta aberta, eu não moro mais em mim" Essa será minha música, EVER. Eu olho onde eu estou, e a questão fica cada vez mais clara na minha vida, a questão é quem está comigo aqui? Sou uma pessoa faminta por acontecimentos, por novidades e agitação. Eu fico a maior parte do tempo entre quatro paredes: sala de aula, agência e meu quarto. Vejo sempre as mesmas pessoas, os mesmos assuntos, as mesmas músicas, é como estar morto entre os mundos. Há quanto tempo não troco mensagens calorosas de amor, ou de travessuras, papos de amigos, ou saio com um brother pra tomar uma cerveja? Ás vezes a correria me deixa muito racional, e não sou anti-social como a maioria dos designers, eu sou publicitária, sou comunicóloga, fotógrafa, atriz, eu preciso ver gente. Queria tanto ir pra praia, ver o mar, sentir a brisa, tostar a pele, e este ano eu me arrumei tanta coisa que

Chegou o fim de ano, e eu já estou com aquele sentimento de esgotamento, de querer parar com tudo. Com uma necessidade infinita de viajar, de ver lugares novos, rostos novos. Me sinto tão deslocada às vezes, como se não fizesse parte de nada exatamente, faço tanta coisa que chega uma hora que queria muito ter menos coisas a fazer, pra ter tempo pra cuidar da minha saúde, mental principalmente.Este ano não cuidei do meu espírito, nem do meu corpo, só estudei e trabalhei. Foi um ano maravilhoso pra eu trocar de emprego e andar na contramão da crise, onde inúmeras pessoas estão desempregadas. Precisamos arrumar um gás a mais pra correr se quisermos sobreviver. Entrei em pânico milhões de vezes por preocupação com meu pai, com minha irmã, com emprego, com faculdade.Foram tantos problemas burocráticos, de saúde na família, instabilidade emocional, correria, um verdadeiro caos, que os semestres parecem anos separados. As pessoas que gostariam de estar do meu lado simplesmente não podem estar