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A decisão certa também dói

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Estou pensando em excluir este blog.  Faz muito tempo que eu não tenho necessidade de dar minha opinião sobre as coisas ou me abrir para quem quiser saber. Além do mais, eu perdi a poesia de escrever em códigos, escrever só fazendo relação com a lua, com a paisagem ou outros fenômenos da natureza...  Eu me apaixonei de verdade depois de anos...  Eu achei que amei meu ex anterior mas eu não o amei, aquilo era algo doentio, talvez paixão mas amor não...  Mas naquele 22 de dezembro de 2023 eu me apaixonei. Foi admiração, conexão, atração... Paixão também, mas muito mais um carinho, uma vontade de conhecer mais e perceber que eu estava com um cara incrível.Eu percebi nele coisas que não estavam na cara, nunca fez tanto sentido a frase " quem vê cara não vê coração". O pré-conceito que era sobre ele me atingiu. Eu odeio o fato de não terem dado uma chance de o conhecer, mas ele também não me ajudou a mostrar para minha família que ele é uma pessoa boa. Enquanto eu tentava puxar el

Voltei a ser eu!

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 Quando eu realizei a minha primeira sessão de terapia minha maior dor era não saber mais que eu era.  Na minha vida eu passei por muitas ocasiões em que precisei ser outra pessoa, pra me defender, pra não ficar vulnerável. E ao mesmo tempo eu precisei bancar meu estilo, meus gostos, meu jeito plural de viver, e quando se é pré-adolescente tudo isso é muito complicado, sofremos por sermos quem somos e sofremos tentando nos encaixar, e eu passei a ter uma atitude agressiva perante a vida, e isso me deixava exausta. Em casa eu também escondia meu jeito de ser dos meus irmãos, eu tinha medo de ser julgada, tinha vergonha de ser eu.  Quando eu cresci, isso não foi diferente. Precisei ser quem precisavam que eu fosse, precisavam de uma designer, eu fui, precisavam de uma fotógrafa, eu fui, precisavam de qualquer coisa eu me tornei...  Quando eu finalmente entrei na universidade eu me senti eu, me senti em casa estudando publicidade e propaganda e conhecer pessoas parecidas comigo, mas mesmo

Farmácia "time"

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Faz um mês que comecei a me tratar com medicamentos meus problemas psíquicos. Pesquisando sozinha eu descobri que tenho epilepsia desde os 7 anos, e só agora aos 32 anos que estou fazendo um tratamento com o neuro. Além disso comecei o tratamento da depressão ansiosa, o que provavelmente eu tenho em períodos longos desde criança. Os remédios antidepressivos são para me ajudar a lidar com os gatilhos dos quais tenho tomado conhecimento. Estou falando mais abertamente dos meus problemas, não quero mentir mais, ou fingir que estou bem, quero ficar bem de verdade, quero sentir a vida na minha pele e voltar a sentir paixão por tudo o que faço.  Não tenho conseguido fazer muita coisa. Quarta-feira passada eu fui ao PS, não conseguia andar com firmeza, estava zonza, com tremores, tinha passado uma noite péssima com problema pra urinar além da insônia. Achei melhor ir ao médico, passei 5 horas desde de a chegada até ser medicada no Hospital do Servidor com minha mãe que foi até lá pra me ajuda

Leveza nas quartas-feiras

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As quartas-feiras ainda são os dias que eu mais me sinto cansada. Semana passada recuperei meu ritmo na academia, está semana tenho sentido já a diferença no meu ânimo, e também no meu corpo. Canso menos quando ando, meu corpo também tem doido menos a não ser pelas dores musculares normais do treino. Sinto que já perdi algum quilinho, que é minha maior meta. Mas hoje, quarta-feira, eu resolvi não ir, por cansaço mesmo, mas meu corpo já se habituou a levantar às 6h, então eu levantei e estou aqui, há uns minutos tomando meu café, curtindo o ar fresco que entra pela janela da sala, o silêncio matutino e minhas gatas. Eu preciso disso, de um tempo pra mim, e de preferência pelas manhãs, seja fazendo exercício físico ou só tomando um cafezinho na companhia das gatinhas. Descobri que posso ser uma pessoa diurna e é até mais saudável. Consegui regular o meu sono, pelo menos até a próxima crise de ansiedade, acho que agora está controlada.  Posso usar este tempo pra meditar, refletir, saborea

Perdida no tempo

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Pra aquele endereço eu voltei algumas vezes, não me lembro a ordem ou o número exato, talvez 3 ou 4, devo ter dormido umas 2, e não me recordo a ordem certa. Cada uma delas me marcou de um jeito.  Teve a vez que ficamos vendo filme no sofá com os colegas dele da faculdade e ele me fez cócegas no pescoço. A vez que eu passei a noite e tirei as fotos que ele usou em muitos materiais, a que eu sumi no pé da escada porque minha touca havia caído e voltei pra pegar, então quando entrei ele estava com a cara assustada parado no meio do caminho e riu como sempre, ele me via e seu sorriso abria seguido de uma gargalhada gostosa.  A penúltima eu jurei não voltar mais pois ele me deixou vulnerável. Me questionou sobre eu me sentir sozinha as vezes e eu me abri. Eu já não queria mais voltar, ali eu havia decidido não voltar pra poder ter um relacionamento de verdade com alguém.  A última ele sumiu dentro de um metrô. Ele tinha um compromisso mas não quis me deixar saber pr

Naquela noite eu senti frio...

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Era uma noite típica de julho, chuvosa e gelada, só tinha uma pessoa capaz de me fazer ignorar a preguiça e sair de casa. Vesti uma espécie de kimono de lã de cor clara combinando com minha touca que deixava a franja a mostra. Fui encontrar com ele pela segunda vez após meses. Olhava pela janela do ônibus enquanto via passar flashes da primeira vez, lembrava do gosto, do cheiro, da sensação de estar na presença dele e né sentir apreciada, do medo, tardio, de me apaixonar. Lembro dele deixar eu perguntar sobre o significado o Maori que ele tinha no braço ainda incompleto, enquanto eu reparava na totalidade da sua beleza que vinha de dentro pra fora, e pensava " Deus, que caminho longo". O celular vibrava, era ele que me perguntava onde eu estava a todo tempo pra poder me encontrar. Eu havia estado naquela estação há anos e lembro de ter odiado e desejado nunca mais precisar voltar, e ironicamente eu voltei e estava feliz, só posso concluir que " todo caminho pode ser bom,

One and only... é mais que uma música

"I don't know why I'm scared, 'Cause I've been here before, Every feeling, every word, I've imagined it all, You'll never know if you never try,  To forgive your past and simply be mine" (Adele, One and Only) Eu vou cantar esta música na audição da escola de música, sempre gostei dela como música, apenas, nunca prestei atenção na sua tradução, não ousei cruzar a letra com meus reais sentimentos. Eu tive que calar ele por anos, abafei por anos e escondo até hoje. Eu peguei toda nossa história e guardei, escondi de mim mesma por anos, me alimentei apenas do ódio. Odiar era mais fácil do que aceitar que ainda o amo. Apesar de ter amado e me dedicado a outras pessoas, em sonho é sempre o mesmo rosto que aparece, e vem com o cheiro, o toque, o abraço, e o meu coração em sonho se enche de alegria que se transforma em mau humor pela manhã. Meu subconsciente me mostra o que eu quero, e é tão distante quanto poder voltar no tempo, pra aquela época boa, pra époc