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Mostrando postagens de 2018

Plena

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Acho que eu alcancei a solidão que eu queria. Calma, não a solidão no sentido que a maioria condena e foge, mas aquela que se aprecia e saboreia, mesmo depois de um dia em que a cabeça lateja de tanto pensar em soluções, e passa-se 2 horas e 30 minutos no trânsito, compra uma cerveja gelada e saboreia ao som do seu músico favorito, é dessa plenitude que eu falo. E ainda não conquistei a total independência, mas eu também não saberia ser egoísta, em casa eu tenho comodidade, claro, mas também ajudo, ainda não posso morar sozinha. Amo chegar em casa e encontrar minha mãe, meus gatos, uma comidinha de mãe, e poder ajudar meus pais que deram a vida toda pra eu poder ser quem eu sou hoje. Meus irmãos saíram de casa quando tinham com quem dividir a vida, talvez este seja meu caso, mas meu objetivo sempre foi me bancar, meu sonho é um dia ser capaz de cuidar totalmente da minha vida, sem depender da ajuda de ninguém, mesmo já admitindo pra mim que isso é impossível, no mínimo em casos d

Velhos hábitos, novos obstáculos.

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Eu acordava todas as manhãs e escrevia alguma coisa no fotolog, poderia ser um poema, a réplica de algum poema ou texto, e muitas vezes letras de músicas. Por muitos anos eu dedicava todas as aflições no blog, era meu refúgio onde eu colocava todos meus pensamentos grosseiros, otimistas, sonhadores... Com o tempo eu fui me fechando até para o blog, não me fazia sentido me abrir mais, escrever meus pensamentos e ser julgada, e mesmo em silêncio fui julgada. Eu esbravejei muitas vezes, então, rompi laços com pessoas da família por outras pessoas da família. Defendi meus pais das garras de quem nada sabe sobre nossos nossas guerras diárias. Vi quem amo sangrar por dentro e por fora, vi amores começarem e terminarem por insegurança e medo do futuro, vejo pessoas superficiais demais o tempo todo se afirmarem através de posts em redes sociais, militando pra se sentirem pertencentes de algo, lutas vãs. Vi gente defender político por uma incrível falta de pai e mãe, um desejo de ser

Fora de foco

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foco substantivo masculino 1. FÍSICA qualquer ponto para o qual converge, ou do qual diverge, um feixe de ondas eletromagnéticas ou sonoras ou um feixe de raios luminosos. 2. figurado (sentido) figuradamente ponto para o qual converge alguma coisa. "na festa, ele foi o f. das atenções"  Hoje eu to completamente sem foco. Eu to pensando em tudo ao mesmo tempo, com fome e sem coragem de levantar pra comer, porque eu vejo algo pra comer e sinto enjoo. To enjoada da vida, o que não me impede de continuar. Sou assim em tudo, eu me apego e continuo. Eu troquei o foco dos meus relacionamentos, de fato atraí pessoas diferentes, pessoas boas, de coração bom e doces, pessoas que me fazem bem, mas tão perdidas quanto eu estou hoje. Assim como eu gosto de muitas coisas, meu coração tem tendência em se dividir em 2 amores, quando isso acontece eu fico completamente sem ação, mas pra alguns pode ser normal, pra mim chega a ser doloroso, ao ponto de eu não investir em ninguém.Atual

No seio da loucura

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Quando comecei a escrever era uma outra foto.. Por alguma razão eu escolhi o título e parei de escrever, da qual eu não consigo me lembrar. Eu to o tempo todo pensando em milhões de coisas que quero fazer e que preciso fazer. Esta foto não foi planejada, simplesmente me fotografava e veio a ideia. Eu gosto destes momentos solitários de fototerapia porque eu esqueço um pouco de todos os problemas que me cercam e consigo alimentar a autoestima. Não, eu não estou nua na foto, eu apenas retirei a parte de baixo com photoshop, assim como tirei a marca do elástico da calça, outros arranhões e ocultei o que queria ocultar. Talvez eu poderia traduzir ela como o fim da sexualidade, a presença da sensualidade e a morte da sexualidade, especificamente o ato em si. De fato toda esta energia economizada em encontros mal sucedidos e relações deprimentes, depositadas em trabalho rende muito bem. Eu transmutei esta energia em criatividade, nunca consegui que meus logos fossem aprovados tã

Era profissional

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Bom dia, domingo. Hoje é o dia mundial de vegetar de pijama para as pessoas normais. Para nós seres pseudo-criativos, que precisam conseguir uns freelas, vestimos pijama mas não para vegetar, para perder mais um pouco de massa encefálica na frente de nossos computadores. Meu ambiente de trabalho já foi mais agradável, hoje moramos em uma casa mal acabada, meu quarto é cercado por paredes mofadas, o que me atrapalha a pensar direito, já que entope minhas vias respiratórias, causando dor de cabeça e mais sono que o normal por conta disso. Mas o que vim falar, não é sobre o mofo, sobre minha casa velha cheia de fungos e a preguiça mórbida de domingo. Em fevereiro eu me formei, depois de 4 anos de muita luta e sofrimento para concluir, consegui terminar a faculdade na área de atuação, já conseguindo uma certa especialização em criação, já que por pelo menos 3 anos eu estudei em tempo integral, se somar trabalho e faculdade. Por três anos eu desisti de uma vida amorosa,

Fechando um ciclo

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Estou tentando lembrar como foi quando decidi entrar na faculdade e como eu era antes disso. Eu demorei pra começar a viver por mim mesma, precisei de uma grande bota do destino pra poder correr, sempre tive sonhos altos e me faltava alguma coisa pra por em movimento meus planos.  Ontem foi a colação de grau do curso de Comunicação Social, e em flashes eu lembrei da última colação que vivi, que foi em 2008, pois é, 10 anos atrás eu estava na penha, com um vestido roxo e cabelo curto, minha família toda reunida e meu namorado. Lembro de ver meu pai feliz dançando com minha mãe, eu dançando tango no lugar de valsa. Ontem, na colação mais importante da minha vida, infelizmente meu pai não pode estar presente, meus irmãos também não, e também não teve tango na valsa, na verdade eu esqueci disso e ontem me senti sozinha, em meio a tantas coisas que eu posso fazer por mim mesma, esta é uma coisa que não dá, e por fim fiquei feliz de não dançar, já estava por horas em pé com um salto