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Mostrando postagens de março, 2021

come back to myself

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Estava aqui pensando neste últimos acontecimentos... Vão fazer 4 meses já que estamos em 2021, e eu comecei o ano muito triste, muito infeliz.  Aparentente não tinha motivos além da Pandemia, que no fundo já é motivo suficiente pra ficar triste, mas eu, pessoalmente, não tinha.  Eu virei o ano com um emprego, namorando, minha família bem, apesar de tudo. Então o ano começou e as incertezas me angustiaram a quase me deixar incapacitada. Eu passei a ficar chorando, e muito,  com medo da nova gestão do trabalho, com medo deste ano, pois, sabia que não estava controlada a Pandemia  Frustrada por mais uma vez não poder fazer planos, com medo de perder o emprego, com medo de não ser suficiente, com medo do meu namorado não superar a fase dele de ansiedade e insegurança. Eram muitos medos pra começar o ano.  O ano começou e eu dei conta do trabalho, a tristeza é uma matéria prima incrível pra criatividade, sempre que estou triste parece que foco mais e faço trabalhos realmente criativos.  Na

Foi-se o tempo

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Foi-se o tempo que sabia escrever como poeta as minhas façanhas Foice é o tempo. Nos sonhos os rostos se misturam,  O passado recente e o passado distante, como estações diferentes que transpassam na mesma face ... Aqui sentada na porta da varanda, eu vejo o verão e vejo o inverno, com a mesma aparência. Assim vem nos sonhos, de algo que  se foi... Foi-se o tempo que não sabia perder ou deixar partir. Foice que parte. Foram, se não,  minha vontade e desejo, meu amor e doação. Talvez, se foram a minha doçura e lealdade, tão densamente conquistada. Tão fácil(mente) perdida. Quando se abre uma ferida nova, ressurge a lembrança da antiga, então esta, fazendo a nova parecer pouca. É uma velha amiga, eu a abracei e procurei saber mais sobre ela. Aflorou, e deixou um corte profundo. Não mais tento conseguir notícias, melhor assim. Tão pouco me vejo remoendo, cada dia que passa eu esqueço mais um pouco. O rosto já começou a sumir, logo não lembrarei do beijo ou do toque, e poderei seguir em fr

Fogo brando, fogo alto

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Fogo alto, Fogo brando. O toque, não condiz com o desejo Leve, controlado e demorado. Sem pressa, sem devaneio ... O fogo com fogo inflamou No tempo morno se manteve pleno  Foi prisioneiro,  erosão... Fuja!  Há fagulhas de ódio e rancor. O fogo que inebriava agora queima,  Escorre lavras dos meus olhos e entranhas, E o frio se fez necessário. Frieza amiga, sem pudor  Causada por  palavras pequenas  Tanta injúria em torpor Ciúme, possessão  O fogo ardiloso e condensador O fogo que alimenta é o mesmo que destrói. Ficaram as cinzas, as marcas do fogo,  As cicatrizes no meu peito e meu vazio. Depois do incêndio o silêncio... Ausência do fogo, ausência do calor, Ausência do zelo e do cuidado, Ausência de mim, do meu grito, meu brado alto e claro. Palavras duras afiadas, minhas,  Todas em auto defesa. Fui ferida e caçada em cativeiro, Marcada como culpada... Da língua fiz espada,  Sou minha dona, Sou meu pai e meu parceiro E comigo mesma eu selo esse compromisso.

Hoje, 14 de março de 2021

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Amanhã entraremos novamente em Lockdown, está tudo igual mas diferente, está pior. Desta vez com mais mortes, incluindo o suicídio do Theo. Quase 3 mil mortes em 24 nos últimos 7 dias, as UTIs lotadas, e uma população mais negacionista ainda, com mais medo de perder o emprego que perder a vida. E desta vez, eu aqui, me sinto mais sozinha, com mais uma decepção pra superar e me fazer reinventar uma Thalita. 18 dias sem falar com ele. Dezoito dias pra me acostumar a não falar com vc e a entender se eu ainda te amo ou não. Eu tô tentando me reencontrar, eu preciso me reencontrar nisso tudo. Eu vejo que preciso me reinventar e sair do padrão que eu achei que tinha largado. Continuo sendo um centro de reabilitação para machos. A mulher que a mãe quer pro filho pra ela se aposentar como mãe. Mas eu não quero ser mamãe de macho criado, quero ser parceira. E depois disso tudo me veio a dúvida sobre ser mãe e sobre casamento. Não sei se tenho paciência pra isso, não sei se nasci pra

Resquícios

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26.01.2020 Há tempos não consigo me expressar por palavras, não escrevo com tanta frequência, não fico sozinha comigo pra saber o que eu quero.  Vai fazer um ano que eu passei pelo pior dia da minha vida, me veio exatamente a hora que entrei na sala da funerária e vi meu pai dentro de um caixão, e eu senti medo de tocá-lo porque isso confirmaria pra mim que ele já não estava mais entre nós, e ontem, me veio em flash o momento que encostei no peito dele e não senti o seu coração, senti o gelo da matéria sem energia e a dureza. Não era mais macio e quentinho o peito que deitava quanto era criança… E eu chorei um choro profundo, um choro da alma, me olhei no espelho e percebi que envelheci 10 anos em um, assumi a vida adulta de uma vez, já não tenho tempo mais pra pensar o que eu quero da vida, eu preciso me responsabilizar, cuidar de mim e de casa. Pra piorar a pessoa que achei que era minha parceira não falou mais comigo, estou doente e ela se quer quis saber co