É tão difícil depois de tantos anos ter que admitir isso que vou escrever. Durante anos eu achei que cada ser era inteiro, e independia de ter alguém pra afagar, cuidar e carregar seu nome durante dias e noites. Sempre carreguei comigo um "objeto" de consolo, mais apropriado dizer, um osso pra roer, sempre tive um porque esperar o celular vibrar, uma mensagem chegar, um convite acontecer, e agora, quando nada existe, eu me sinto na necessidade de procurar um analista, pois aquela antiga dor volta, aquela ferida continua aberta, e não há nada que eu possa fazer pra mudar isso. Existe aquela pessoa, que somada a mim era como una, opostos e irmãos. Eu evoco um santo pra me proteger desses dias, eu peço pra Deusa força, eu engulo choro e evito falar sobre o assunto porque eu penso hoje muito diferente de como pensava quando voltei a ser solteira. Somos inteiros, a maior mentira que nos contaram, não somos nada sozinhos, o tempo todo a vida mostra como não somos nada sozinhos